13 de maio de 2009

Padres em Missão.


SER MISSIONÁRIO É GRAÇA DE DEUS

Ser missionário é uma graça de Deus, servir e colocar os dons a serviço dos que mais precisam, é fonte de realização e de alegria. Deus não se deixa vencer em generosidade, por isso que, quanto mais nos doamos, mais Ele nos plenifica com seu amor.
Motivados pelo ardor missionário, somos chamados a sair ao encontro das pessoas, das famílias, das comunidades e dos povos para lhes comunicar e compartilhar o dom do encontro com Cristo, que tem preenchido nossas vidas de sentido, de verdade e de amor, de alegria e de esperança.
Essa missão evangelizadora abraça com o amor de Deus a todos e, especialmente, os pobres e os que sofrem. Portanto, recobremos, hoje e sempre, o “fervor espiritual”. A alegria de evangelizar. Que seja esta a maior satisfação de nossas vidas, ser ministros do Evangelho, que irradia o fervor, o dom de Cristo e aceitam consagrar suas vidas a missão de anunciar o Reino de Deus e de ajudar a Igreja a alcançar todas as pessoas.
Tendo em vista esse valor e audácia apostólica, a nossa Arquidiocese enviou em fevereiro deste ano, três padres para missão, Pe. Vanderlei de Assis Xavier e Pe. Odair Lourenço Ribeiro para a nossa Igreja irmã Ponte de Pedras – PA e Pe. Mauro Ricardo de Freitas para a Igreja em Duque de Caxias e São João Meriti – RJ.
Os dois primeiros, padres, assumiram o trabalho pastoral da paróquia de Cachoeira do Ararí em Ponte de Pedras. Eles atendem semanalmente uma comunidade de mais ou menos 2000 habitantes; quinzenalmente, duas comunidades de aproximadamente 1000 habitantes e atendem, mensalmente, outras comunidades. Além de darem assistência as comunidades aos finais de semana. Enquanto um fica na cidade o outro visita a outras comunidades. O único veículo que eles possuem é uma moto emprestada de um padre. Assim sendo, eles assumiram paras suas vidas o fervor e a alegria de anunciar o Cristo ressuscitado, principalmente, para aqueles que mais necessitam.

ENTREVISTA COM PE. MAURO RICARDO DE FREITAS


Já o Pe. Mauro que assumiu o ardor missionário em Duque de Caxias e São João de Meriti, relatou em entrevista por e-mail sua caminhada e de sua missão fora da nossa Arquidiocese:

O Levita: Quando e como surgiu, em sua caminhada de pastor,
o ardor pelas missões fora da arquidiocese?

Pe. Mauro: Desde o tempo que eu era seminarista tinha em meu coração a vontade de fazer uma experiência de missão. O momento em que isso se fortaleceu mais em minha vida foi com o retiro que fiz com o saudoso Padre Giorgio Paleare, eu era seminarista, mas daquele momento em diante as missões se tornaram uma convicção em minha vida. Tenho convicção de que a nossa arquidiocese é terra de missão, contudo não podemos deixar de dar de nossa pobreza. Olhando tantas realidades carentes de muitas coisas é que resolvi fazer uma experiência fora da nossa arquidiocese.

O Levita: Porque a escolha da diocese de Duque de Caxias e São João de Meriti ?
Pe. Mauro: Logo que Dom José Francisco tomou posse da diocese ele manifestou para o clero de Pouso Alegre a necessidade de padres aqui em Duque de Caxias. A nossa Arquidiocese sempre teve o compromisso de dar uma resposta a Diocese de Ponta de Pedras, nossa irmã, neste bonito projeto da CNBB. Depois da resposta concretizada conversando com Dom José Francisco a possibilidade de dar mais um passo brotou diante de nossos olhos. Numa conversa entre os bispos das chegou ao acordo de mais essa experiência para a Arquidiocese de Pouso Alegre e também para mim.

O Levita: Qual a realidade e desafios da missão na diocese de Duque de Caxias e São João de Meriti?
Pe. Mauro: O maior desafio para o trabalho da Igreja Católica, na Baixada Fluminense, é a grande aglomeração de pessoas em um espaço pequeno. A desigualdade social e o número reduzido de sacerdotes aumentam as dificuldades. As comunidades têm uma caminhada com forte ação dos leigos. O catolicismo não é a maciça maioria como na realidade do Sul de Minas, os evangélicos são muitos e também os ‘sem religião’ crescem de maneira gradativa.

O Levita: Qual a ação missionária desempenhado por você na realidade em que se encontra?
Pe. Mauro: Eu trabalho em uma área pastoral com oito comunidades que acompanho através das celebrações e reuniões com o conselho comunitário. É uma área com comunidades pequenas; contudo, muito animadas e com vigor na vivência da fé. É uma área com certo risco, onde acontecem tiroteios e mortes com certa freqüência. Os trabalhos pastorais não são muito diferentes da realidade da Arquidiocese de Pouso Alegre. Devido a grande concentração de pessoas o trabalho de presença da Igreja na sociedade é muito importante e quase que essencial para sua existência.

O Levita: Deixe uma mensagem e incentivo missionário para nossos leitores!
Pe. Mauro: Ser missionário é confiar na presença de Deus na vida e no mundo. É abandonar-se inteiramente ao chamado do Senhor e ter a certeza que é Ele que nos conduz. Na maioria das vezes, em terras de missão, não fazemos a nossa vontade, por isso, entrega e oração se tornam fundamentais para o missionário. Rezem pelos trabalhos missionários de nossa Arquidiocese.

Seminarista Eduardo Mariano dos Santos
2º ano de Teologia
Coordenador da Comissão Missionária do Seminário (COMISE)
LEGENDA DAS FOTOS:
1ª) PE. VANDERLEI - MISSIONÁRIO EM PONTA DE PEDRAS
2ª) PE. ODAIR - MISSIONÁRIO EM PONTA DE PEDRAS
3ª) PE. MAURO - MISSIONÁRIO EM DUQUE DE CAXIAS E SÃO JOÃO DE MERITI

2 comentários:

  1. e muito lido o que vc faz pelo os nosso irmaos que deus abençoi

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  2. Que legal, o Pe. Odair celebrou meu casamento aqui em itajubá, como faço para entrar em contato com ele, pois nunca mais o ví...

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