HISTÓRIA DO FORMISE

NESTA PÁGINA SERÁ COLOCADA UM POUCO DA HISTÓRIA DOS FORMISES EM NOSSO REGIONAL LESTE II

FORMISE (Formação Missionária para Seminaristas) é um encontro para os Seminaristas despertarem para a dimensão missionária em suas vidas e na vida da Igreja.

O Primeiro FORMISE do Regional Leste II (Minas Gerais e Espírito Santo) aconteceu no ano de 2011. Abaixo o Relatório Final:

I ENCONTRO MISSIONÁRIO PARA SEMINARISTAS DO LESTE II
(FORMISE)




Entre os dias 28/05 a 29/05, 19 seminaristas de 10 dioceses do Leste II (Minas Gerais e Espírito Santo) reuniram-se em Belo Horizonte para o I Encontro Missionário para Seminaristas do Regional Leste II (FORMISE), tendo como assessor do encontro, Pe. Sávio das Pontíficas Obras Missionárias. Momento forte de formação e troca de experiências.

Primeiro dia (28/05 – Sábado)

No início do encontro Dorinha conduziu uma dinâmica de apresentação, onde cada um foi convidado a falar o nome, a diocese e o ano que está no seminário.
Em seguida a Diocese de Itabira juntamente com Dom Odilon conduziram a Oração Inicial que contou com oração ao Divino Espírito Santo, uma reflexão sobre os continentes, uma meditação bíblica sobre Lucas 5,1-7.10, o canto “Tu te abeirastes da praia”, preces e terminou com uma oração de benção feita por Dom Odilon.
Dom Odilon ainda fez a abertura oficial do encontro, em seguida algumas frases de sua fala: “A Igreja é indispensavalmente missionária”, “Fechar-se a Missão; é fechar-se ao Espírito Santo”; “Três características importantes: urgência, amplitude e inclusão”; Defender, promover e testemunhas – eis a Missão de todo missionário. Devemos agir com firmeza e rapidez!
Pe. Sávio iniciou sua colocação do encontro que tem por tema: “Paróquia Missionária”. A Missão nasce no coração de Deus, quando Deus criou o mundo, revelou-se um Deus missionário – gesto de Deus para que os outros gozem da liberdade. Criação do mundo – primeiro gesto missionário de Deus. Cristo é o Pai em estado de Missão. A missão é constitutiva do cristão. Missionário é Cristo no meio do Mundo. Missão brota do coração. Quando Jesus passou pelo Mundo, encantou pessoas que foram continuadores. Devemos dar aos outros o que recebemos.
“Mangueira que não está carregada não recebe pedradas”, assim é o missionário, tem dificuldades. Devemos sempre nos lembrar de nossos pais da fé e sermos gratos. A missão como dimensão universal.
Quanto a evangelização do mundo, temos:
1) Lugares onde Cristo não é conhecido não tem nada, ausência do testemunho e anuncio (70%) Necessita da missão ad gentes.
2) Comunidades cristãs com estruturas eclesiais (3%) Necessita da atividade pastoral.
3) Batizados mas que não freqüentam (27%). Necessita da Nova evangelização.


Pe. Sávio em seu segundo momento de colocação ele começou falando sobre: Missão para quem? Iniciou explicando sobre as diversas comissões da CNBB, duas novas comissões: Juventude e Comunicação (12 comissões). Cada uma tem um aspecto da pastoral, tem a atende a dimensão missionária, que tem por finalidade recordar a obrigação universal da missão. Quem é responsável pela missão ad gentes. Antes um bispo não poderia interferir na vida de outro bispo. Agora todos bispos devem se preocupar uns com os outros.
A missão as gentes do povo cristão. A todos os cristãos incumbe o encargo de trabalhar para a propagação da mensagem divina. Quando nos confessamos por não trabalhar pela missão. Pecado de omissão diante das diversas realidades. Obrigação de evangelizar o Mundo. Testemunho sobre o que significaria para nós se Cristo não existisse? Para alguns alivio. Outros devem dar mais valor ao papel do missionário.
Os bispos devem ser colabores dos que querem ser missionários, a Igreja é universal, ir pelo mundo inteiro. Os bispos foram consagrados para a salvação de todo mundo não só para a sua diocese.
Os sacerdotes (PO) não se preparam para uma missão limitada e determinada mas sim para a missão até os confins da terra – amplitude universal.
Os seminaristas (OT) devem se habituar a transcender a própria diocese e ajudar as necessidades de toda a Igreja em toda parte.
Necessidade de se mandar para as Missões não os piores, mas os melhores. Idéia de se mandar 10 % de seus padres para o trabalho nas missões (dízimo sacerdotal). Colocar em prática é urgente! Atos 13 – Antioquia, Paulo e Barnabé para novos locais de evangelização. Não enviamos quando não temos mas necessidade, não quando eu preciso, mas quando o outro precisa.
Os jovens (RM) devem escutar a palavra de Cristo: Vinde após mim. Muitos dizem que são devotos do Papa, mas sem seguir suas mensagens e pedidos.
A vocação não é pretexto para não ir. Se meu irmão é necessitado, ele é missão para mim. As pessoas são o foco de nossa vocação e missão! Quem decide minha vida é o irmão que precisa de mim! Todo seminarista deve entrar na ótica do “para aquilo que precisar”. Corremos o risco de viver sem nossos irmãos que mais precisam, por eles estarem longe de nós. Perigo de se esquecer de falar do que se vive dentro de nossas assembleias, atualizar o que se vive dentro de nossas vidas cotidianas (exemplo do Tsunami no Japão – Pe Sávio foi a uma missa que não se falou nada sobre o assunto).
Missão pode ser feita de vários modos diferentes e são importantes sem ir muito longe, mas deve se pensar ao longe também. Não se esquecer da dimensão missionária, para que não se esqueça algo que acontece longe, mas deve estar em nossos corações.
Mensagem para o dia Mundial das Missões (06/01) do Papa Bento XVI – “Como o Pai me enviou, também eu vos envio (Jo 20,21)” – compromisso de ter o mesmo entusiasmo de prestar a humanidade o serviço missionário. Gesto mais precioso é o anúncio do Evangelho. Mesma urgência do início. Anunciar aos outros faz bem para nós, quando uma comunidade se torna missionária não se empobrece, mas sim se enriquece. É dando a fé que ela se fortalece! Os que se encontraram com Jesus ressuscitado sentiram a necessidade de o anunciar aos outros. A certeza de Cristo ressuscitado não nos permite parar. Fraqueza de nosso trabalho missionário demonstra a fraqueza de nossa própria fé. Sermos vigilantes para ver o rosto de Cristo nos outros. A missão de Jesus confiada a Igreja está longe de seu pleno cumprimento.
Não podemos ficar tranqüilos quando sabemos que existem pessoas que não conhecem Cristo. Os que receberam a mensagem, mas já se esqueceram pela ausência de alguém que lhes pregasse é grande e dependem de todos. A missão universal empenha todos, tudo e sempre! Evangelho não é um bem exclusivo de quem o recebeu, mas constitui uma dádiva a compartilhar, uma boa notícia a anunciar. A fé cristã guardada só para si e não partilhada perde seu sentido mais básico. É um processo complexo, precisam de catequistas, seminaristas, sacerdotes. E assim devem ajudar as condições de vida das pessoas. As colaborações do mês missionário,vão para um fundo em Roma e é utilizado para sustento de formação de pessoas e problemas diversos (projetos eclesiais e sociais). Não se esquecer das situações de problemas sociais. Jesus é nosso paradigma e modelo.
Pe. Sávio apresentou algumas apresentações em slides com mensagens. A história dos peixes, a moça das maçãs, bombeiro por um dia. Quem compartilha abre a porta a felicidade!
Momento da tarde, Pe. Sávio motivou que nos reuníssemos em grupos de dioceses afins para falarmos sobre as realidades missionárias em nossas realidades.
Momento da partilha dos grupos:

GRUPO 01: (GUANHÃES, COLATINA E SÃO MATEUS):
Colatina - Não há comise, única atividade são missões propostas pela formação, falta suporte da diocese para lidar com as situações de missões.
Guanhães - Tem comise, e estão ajudando as outras dioceses vizinhas a formar o comise, missões junto com a juventude missionária
São Mateus missões propostas pela formação e n tem comise, mas tem visitas a asilo, orfanato, hospital, presídio e dependentes químicos. Missões em paróquias nas férias, campanhas missionárias.

GRUPO 02: MARIANA, JANUARIA, ITABIRA E BH
Mariana – tem experiências missionárias até em outras dioceses, começou comise a 1 ano.
Januária – missões em regiões carentes, santas missões populares com os seminaristas, não tem comise.
Itabira – santas missões populares, missões em outras regiões.
BH – não tem comise, a missão se baseia em estágios pastorais.

GRUPO 03: POUSO ALEGRE, CAMPANHA, ITUITABA
Pouso Alegre – comise a 4 anos – conscientização para o trabalho missionário, atividades internas e externas, falta apoio dos formadores, blog.
Ituiutaba – seminários mudaram de local, dificultou-se um contato uns com os outros. Não tem trabalhos missionários
Campanha – comise a 8 anos – conscientização, missões nas férias realizadas pelo comise. Missões populares com seminaristas também.



Pe Sávio alertou para o risco de não conhecermos nossos missionários que estão além-fronteiras. Os que estão lá estão em nome de nossas dioceses. Importante estabelecer a ligação dos missionários com seu bispo de origem, diocese de origem. Pe dilton alertou da questão das dioceses mandarem missionários sem dar informações para o COMINA E COMIRE, é necessário articular para que aconteça. É possível mesmo em seminários que tem seminaristas de várias dioceses, fazer comises em cada diocese. Segundo Pe. Sávio, o COMISE, deve ter o objetivo de conscientizar todos seminaristas e não ser um grupo a mais entre outros.
Correspondências com os missionários, acesso a revistas. Manter contato com os missionários. Pe. Sávio respondeu algumas questões sobre a dimensão dos comises que devem ser ligados aos Comidis. Estão acontecendo coisas boas, que devem ser mostradas e evidenciadas. Sugestão para que se faça um retiro missionário nos seminários. Sugestão de site para consultas de missionários: www.alemfronteiras.org.br
Dimensões importantes: Formação pessoal do seminarista (zelo missionário), situação preocupante dos seminários que não tem um teor missionário. Fazer dele uma pessoa apaixonada pela missão. Seminaristas quando se ordenam devem fazer de suas comunidades com ardor missionário, locais da missão. Criar em nós o espírito missionário e sermos educadores de nossas paróquias. Formação dos cristãos nas paróquias dependem exclusivamente dos padres que estão a frente das comunidades.
Pe Sávio alertou para outras forças que devem ser englobadas: Missões Populares, Igrejas-irmãs, CCM, Missão na Amazônia, Projetos ad gentes – Existe uma grande organização em nível nacional, o esquema de trabalho. Não basta termos bons católicos, temos que ter bons cristãos missionários.
Após o café da tarde, Pe. Sávio voltou com outros vídeos motivacionais, bem como uma reflexão sobre a conhecida “Oração da propina”.
Ao longo da história não trabalhamos de modo evangélico. A resposta a quem os povos dizem que Jesus é hoje tem respostas diversas, de acordo com a realidade em que vivem. Os povos de missão tem uma imagem muito negativa dos povos cristãos. Como seremos missionários se temos uma imagem distorcida de Deus em nosso cotidiano. Há pessoas que saem de nossas Igrejas por causa de como nós vivemos! Não encontraram o que precisavam (Bispos em Aparecida). Devemos recuperar a atração que devemos fazer nos outros. O trabalho missionário existe uma conversão pessoal, o mais difícil de se converter é o próprio evangelizador, ele deve ser evangelizado em primeiro lugar, deve se converter. Basta uma pessoa para Deus perdoar, exemplo da Bíblia. O missionário com o pretexto de que tudo está corrompido, se esquece que se ele está bem encaminhado, convertido, isso por si só basta. Isso é necessário para a salvação. Cada um de nós deve responder pelo que tivemos, o que nos é dado, deve ser partilhado. Procurar Jesus onde ele está, procuramos sempre onde ele não está. Ele não está no passado, está hoje, não viveu, vive hoje. Ele vive voltando do sepulcro, nós estamos vivendo rumo a morte, ele é o grande vivo entre nós.
Risco de fazermos de Jesus uma representação. Todos devemos ter em mente os critérios que irão nos permitir chegar ao céus. Como missionário eu já sei qual o caminho, sei onde encontro Jesus, ele está onde estão aqueles que mais precisam (pobres). Não devemos ser procurados, temos que procurar! Jesus nos espera nas situações difíceis da vida humana. Não basta dizermos que somos religiosos, devemos ser religiosos como Jesus (Exemplo do Bom Samaritano). Nessa história vemos a possibilidade de encontrar Deus. A ação missionária é evangélica quando é ação de hóspede – Ide, Jesus mandou. Não devemos ir na posição de quem manda! Sair ao encontro exige de nós. Dificuldade de sair do próprio lugar, deixar aquilo que gosto, que me agrada. Também as barreiras me impedem. Vou encontrar o que, entender o diferente, logo achamos que ele não vale nada. Na diferença nos enriquecemos! Hóspedes na casa dos outros. Admirar o povo que é confiado a nós. Feitos para curar. Temos a obrigação de curar, não julgar, condenar!
Após as colocações do Pe Sávio, tivemos um Momento Mariano, que foi conduzido pelos seminaristas da Diocese de Campanha, momento de encontro com nossa Mãe Maria que nos auxilia na Missão.
A noite tivemos um momento forte de partilha de vida e experiências, cada um falou sobre suas motivações pela missão. Foi momento de alegrias e tristezas serem apresentadas nos dizeres de Pe. Sávio. Foi uma experiência que nenhuma palavra escrita pode evidenciar. Momento de conhecer a realidade tão diversa de nosso regional Leste II.

Segundo dia (29/05 - Domingo)

O que organizar nos Seminários? Usar os meios de comunicação, pois eles ajudam.
Fazer o que quando voltarmos aos nossos Seminários?
1) Incentivar que se tenha a matéria de Missiologia nas grades curriculares dos estudos de Teologia (Seria um sonho que todos os professores incentivassem uma formação sobre missão nos seminários).
2) Obras sobre Missão, se interessar por tê-las e lê-las. No site da POM, tem os livros elaborados sobre o assunto. Atualizar sempre.
3) Ter revistas missionárias (Mundo e Missão, SIM, Missão Jovem).
4) Ter um Mural Missionário (Comunicação entre os seminaristas).
5) Mês Missionário (Fomentar a utilização do material – cartilha, DVD, orações para preces, cartaz).
6) Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos.
7) Levantamento dos Missionários de nossa Arquidiocese que estão além-fronteiras.
8) Ser ponte entre os missionários e o povo.
9) Seminaristas corresponder com os missionários espalhados pelo Mundo.
10) Chamar missionários para pregarem retiros e formações.
11) Procurar frequentar os sites ligados a Missão (www.pom.org.br).


Pe Sávio explicou o que é feito com o valor arrecadado na campanha missionária de todos os anos em outubro. O valor total arrecadado deve ser enviado, não uma parcela e deve ser prestado contas de onde vai o valor arrecado.
Após esse momento, Pe. Sávio abriu para perguntas, as quais foram respondidas adequadamente, solucionando assim dúvidas sobre os passos a serem dados. Em seguida Pe. Sávio apresentou um artigo intitulado: “Seminaristas Missionários”, encerrando tal momento com a apresentação a “Fábula da Convivência”.
Ao final, Pe. Dilton fez os agradecimentos devidos, as Pontifícias, ao Pe. Sávio, aos seminaristas presentes (estes tem o dever de testemunhar o que foi vivido no encontro). Dorinha também colocou também sua alegria deste encontro.

Neste FORMISE, tivemos a participação dos Seminaristas Edpo Francisco Campos e Marcos Eduardo Caliari



FOTO OFICIAL: I FORMISE - 2011



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O Segundo FORMISE de nosso Regional aconteceu no ano de 2012:

Mundo pluricultural e secularizado é destaque do 2º Formise do Leste 2
Escrito por Fúlvio Costa

A Casa das Irmãs Sacramentinas de Nossa Senhora, em Belo Horizonte (MG), acolheu nos dias 26 e 27 de maio, o 2º Encontro de Formação Missionária para Seminaristas (Formise) do Regional Leste (Espírito Santo e Minas Gerais). Participaram do encontro 20 seminaristas de Vitória (ES), Mariana (MG), Guanhães (MG), Itabira Coronel Fabriciano (MG), Téofilo Otoni (MG), Caratinga (MG), Leopoldina (MG), Pouso Alegre (MG), Campanha (MG) e Belo Horizonte, além da coordenação do Conselho Missionário Regional (Comire) Leste 2.
Durante o encontro, os participantes fizeram partilhas missionárias e contaram suas experiências. O secretário nacional da Pontifícia União Missionária, padre Sávio Corinaldesi, assessor do encontro, fez os seminaristas perceberem que o primeiro desafio da missão está na família. Foi unânime entre os partipantes que, de fato, as famílias estão fragmentadas, ademais, vivem um pluralismo religioso familiar, que, por sua vez, tem como consequência a desunião.
“Devemos em primeiro lugar identificar os valores evangélicos, os quais são universais, diferente dos ritos”, disse o assessor. Foi identificado um grande crescimento de outras igrejas e a Católica já não é mais a única referência nas cidades. “Na atual sociedade vivemos a passagem da homogeneidade para a diversidade religiosa, que, por sua vez, propõe uma diversidade de caminhos que, na maioria das vezes, nos levam a vielas sem saída, outrossim, os líderes mais afastam do que atraem”, comentou padre Sávio.
Outro ponto bastante tocado pelo assessor foi com relação ao desafio de se colocar perante o outro como aquele que serve e quer descobrir a verdade, a salvação. Ainda foi lembrado que a salvação é a capacidade de se colocar diante do outro com respeito, o qual produz admiração. “Ora, quem admira não mata, acolher, pois o ato de matar o outro começa em nós mesmos, em nossa mente e em nosso coração. Devemos, portanto, olhar para o outro a partir do que ele pode ser e não do que ele aparenta ser”.
Padre Sávio, com base no Documento de Aparecida (DAp), convocou os seminaristas a ir ao encontro do outro, se colocar no lugar dele. “Devemos ir até a outra margem, nos lembra o DAp, esta margem é o lugar onde ninguém experimentou ou conheceu o Cristo, para ser nesta realidade a Boa Notícia, encontrar-se com Deus no desconhecido”, pontuou.

Mundo secular e pluricultural
De acordo com o assessor, o diálogo é o melhor caminho para trilhar na diversidade religiosa que vivemos hoje. “Neste mundo, a saída é o diálogo, pois este é sempre necessário”, sintetizou. Citou ainda o mundo tecnológico, como um espaço que deve ser abraçado pelos missionários. “O mundo contemporâneo é também tecnológico e outro desafio dos missionários é integrar tecnologia e amor, pois há um avanço tecnológico de um lado, mas fome, guerra, destruição de outro”, sublinhou. Completou apontando o amor como o caminho para a paz e comunhão de todos. “O sonho deve ser comum e este consiste em tornar o mundo do meu semelhante melhor. Para isto, não devemos jamais desistir do amo, para que a partir do nosso gesto de amor o mundo pluralista, secularizado e sofredor, seja melhor, tudo para glória de Deus”.
Ainda sobre a sociedade secularizada que assistimos nos dias atuais, padre Sávio exortou os seminaristas a perceberem que os símbolos religiosos estão caindo no esquecimento e dando lugar aos símbolos capitalistas. Citou o exemplo do presépio. “Tristemente estamos caindo nesta ideologia, o presépio, por exemplo, não é o símbolo mais importante nas igrejas, mas a árvore de Natal. Esta sociedade faz de Deus um devedor, estamos comprando Deus”. Ele deu mais dois exemplos que caracterizam bem o momento por que passamos. “O charlatanismo e a teologia da prosperidade”. Fez ainda um questionamento. “Nós também não brincamos com Deus, no sentido que este tem que fazer nossa vontade (magia), sendo que nós é que devemos fazer a vontade de Deus (religião)?”.
Para sair das dificuldades impostas pelo mundo secularizado, o assessor do Formise chamou a atenção dos participantes para inovar nos trabalhos pastorais, criar e recriar modos novos de enfrentar os problemas, não planejar e nem executar o espírito empresarial, mas a partir do Espírito Santo. “Para que esta prática seja eficaz e autêntica, é preciso enfrentar o desafio de evangelizar o evangelizador, ou seja, permanecer constantemente destinatário do Evangelho, procurar Cristo onde ele está, ser hóspede, ser solidário nas alegria e na dor, fazer pensar a partir do anúncio, desmistificar as falsas imagens de Deus, por fim, respeitar a diversidade eclesial (At 15, 19)”.
Os Conselhos Missionários de Seminaristas
Por fim, os participantes realizaram uma partilha das discussões entre as dioceses, com testemunhos missionários, com o objetivo de apresentar os trabalhos realizados pelo Conselho Missionário dos Seminaristas (Comise) de cada diocese. Padre Sávio também abordou sobre a criação do Comise e seus objetivos. “A função do Comise é atentar-se para uma formação mais holística, ou seja, que se abra para o mundo e suas dificuldades, tendo em vista a dimensão missionária, para isso, é necessário que saiamos dos muros das faculdades, universidades e, sobretudo, dos muros das dioceses, sem perder o vínculo de filhos da mesma diocese”.
Segundo padre Sávio, é objetivo também dos Comises, é investir em livros voltados para a missão, revistas, entre outros; dedicando a missão por toda a vida. O bispo é o primeiro animador das vocações missionárias das dioceses, ensinando os futuros padres que eles são padres para o mundo. “É de responsabilidade do Comise animar a formação, o espírito missionário e a espiritualidade apostólica aberta também aos horizontes missionários, onde estão em jogo os grandes destinos da humanidade em vista do plano da rendenção”, disse.
Padre Sávio ainda reservou um momento para falar do 3º Congresso Missionário Nacional que irá acontecer em Palmas (TO) entre os dias 12 e 15 de julho, próximos.

OS REPRESENTANTES DE NOSSA ARQUIDIOCESE DE POUSO ALEGRE: NESTE II FORMISE FORAM: LUIZ FERNANDO E RODRIGO:



A FOTO OFICIAL DO II FORMISE - 2012: